Novo líder do governo acredita que reformas têm apoio da população

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Para Aguinaldo Ribeiro, é preciso criar o ambiente necessário para que o investidor retome a confiança e volte a investir no País

O novo líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), defende a modernização da legislação brasileira, para que o País possa atrair investimentos, gerando emprego e renda. Para ele, a agenda reformista do governo tem apoio da maior parte dos brasileiros.

Administrador de empresas, Ribeiro exerce seu segundo mandato na Câmara. Licenciou-se do cargo entre 2012 e 2014, para ser ministro das Cidades no governo da então presidente Dilma Rousseff. Na Casa, foi líder e vice-líder de seu partido. Antes de ser deputado federal, foi deputado estadual por duas legislaturas consecutivas.

Também foi secretário de Agricultura, Irrigação e Abastecimento da Paraíba; secretário de Ciência e Tecnologia, Recursos Hídricos e Meio Ambiente do mesmo estado; e secretário de Ciência e Tecnologia do Município de João Pessoa (PB).

Leia abaixo a entrevista concedida pelo líder:

Quais são os principais desafios da liderança do governo?
É hora de o Congresso Nacional ser partícipe de mudanças de que o Brasil precisa, sobretudo no caminho da modernização de sua legislação, para que possa reencontrar o equilíbrio de suas contas públicas, o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal [Lei Complementar 101/00], e para que possa recuperar a credibilidade, para que possa voltar a crescer, recuperar o emprego, voltar a ter destaque no cenário internacional, com justiça social.

A prioridade são as reformas?
Sim. Esta é a agenda do governo, que é notadamente um governo reformista. É um governo que tem a convicção que esta é uma grande contribuição para o País: modernizar a legislação, para que possamos ter o investimento de novo crescendo no País, gerando emprego e renda. Só se combate pobreza e falta de emprego se gerando riqueza. E isso só é possível gerar criando o ambiente necessário para que o investidor retome a confiança e volte a investir no País.

Como o governo pretende contornar a resistência em relação às reformas da Previdência e trabalhista?
Em primeiro lugar, existe uma compreensão dos brasileiros, em sua ampla maioria, de que é verdadeiramente necessário reformar. Não podemos continuar como estamos, porque no futuro próximo toda a sociedade vai pagar a conta. Em segundo lugar, em todas as propostas enviadas ao Congresso Nacional, nós temos a garantia dos direitos adquiridos. Aquilo que foi conquistado pelo trabalhador, pelo aposentado ou por aquele que já tem o direito adquirido de se aposentar será preservado. Essa é uma primeira premissa que nós devemos enfatizar, com veemência. O governo não vai retirar conquista nenhuma. É necessário realmente se ter uma Previdência que tenha sustentabilidade. Os recursos são da sociedade, e a sociedade sabe que é a própria sociedade que paga a conta. Com esses ajustes que estão sendo feitos, se vai dar transparência com sustentabilidade para a Previdência.

Em relação à reforma trabalhista, isso também é um anseio do próprio trabalhador e do empregador. Nós temos hoje um outro tipo de relação trabalhista, um outro perfil do trabalhador quanto de empresário. Nós temos um Brasil que compete com o mundo. Então, ou a gente moderniza essa relação trabalhista, para que seja mais eficiente e para que permita o trabalhador optar pelo que é mais vantajoso para ele e que hoje a legislação proíbe. Tenho a convicção de que vamos aprovar essa reforma aqui no Congresso.

A reforma política é outra prioridade?
É uma prioridade da agenda política como um todo. A política tem sofrido verdadeira criminalização, então é necessário que se dê uma resposta a essas demandas, a esse novo momento que estamos vivendo, e que se tenha de forma muito clara, com o aval de toda a sociedade, o caminho que devemos seguir. Não é uma agenda do governo propriamente dito, mas é uma agenda da política como um todo. Estarão envolvidos todos aqueles que acreditam que a política é o único caminho para a democracia subsistir. Se nós criarmos um ambiente de criminalização, isso acaba por fortalecer regimes autoritários.

Como contornar o ambiente de tensão criado por denúncias envolvendo políticos?
O governo não pode perder seu foco principal e a sua responsabilidade. E o presidente Michel Temer, na primeira conversa que tive com ele, demonstrou que está muito animado com o desafio das reformas e com a convicção de que esse é o caminho que o Brasil precisa. Não podemos desfocar do que é fundamental para o País, que é a agenda econômica. As outras questões caberão à pauta do Ministério Público. Mas tem que se ter cuidado no Brasil porque está se trabalhando com muitas especulações, que não são boas para a democracia, porque muitas inclusive ferem a Constituição e os direitos individuais garantidos por ela.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Roberto Seabra

 

 

(Fonte: Agência Câmara de Notícias)

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