Manuseio incorreto de resíduos de serviços de saúde pode comprometer bem-estar

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É fundamental que os trabalhadores sejam devidamente capacitados de forma contínua

Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) podem causar grande impacto ao meio ambiente e à saúde pública se não forem coletados, transportados e tratados corretamente. Os profissionais que trabalham em ambientes que são fontes geradoras deste tipo de resíduo ficam expostos quase diariamente aos riscos provenientes do lixo.

 

É fundamental que os trabalhadores sejam devidamente capacitados de forma contínua para o correto gerenciamento dos resíduos, reduzindo os riscos de acidente de trabalho e doenças ocupacionais provenientes do manejo dos RSS. Dentre as diversas patologias que podem ser adquiridas por meio do manuseio incorreto dos RSS estão as que são causadas por vírus, como o H1N1; causadas por bactérias, como a cólera e meningite, além do risco radioativo e o risco químico que pode desencadear o favorecimento de células cancerígenas.

 

O consultor em tratamento de resíduos da Sterlix Ambiental, Felipe Melo, destaca que milhares de trabalhadores já foram vítimas da má gestão do lixo. “Em relação às pessoas, o gerenciamento incorreto, associado ao não tratamento do lixo gerado do setor pode levar a um aumento do número de casos de infecções hospitalares, tendo como as principais vítimas os profissionais de saúde e também os catadores de lixo”, afirma.

 

É importante ressaltar que apesar dos hospitais serem as fontes geradoras mais conhecidas, estabelecimentos como drogarias e farmácias, distribuidores de produtos farmacêuticos, clínicas de acupuntura e estúdios de tatuagem também produzem resíduos que exigem manuseio e tratamento específicos. Consequentemente, os profissionais que trabalham nestes estabelecimentos também precisam ficar atentos ao manejo destes objetivos.

 

Felipe Melo acrescenta que a etapa do tratamento tem como objetivo controlar o risco potencial à saúde e ao meio ambiente e deve ser licenciada pelos órgãos competentes. Apesar das normas vigentes, os resíduos de serviços de saúde ainda carecem de tratamento adequado em muitos municípios brasileiros. Segundo pesquisa aplicada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) em 2016, 25,7% dos municípios brasileiros ainda destinaram os RSS coletados sem declarar o tratamento prévio dado aos mesmos, o que contraria as normas e apresenta riscos diretos aos trabalhadores, à saúde pública e ao meio ambiente.

 

“Os Resíduos de Serviços de Saúde podem ser tratados por incineração, autoclavação ou microondas, que são tecnologias homologadas pela Anvisa. A tecnologia Autoclavagem, por exemplo,  mata as bactérias causadoras de doenças. Este processo trabalha numa temperatura de aproximadamente 150 graus, gerando vapor e pressão a vácuo durante um período de tempo suficiente para destruir agentes patogênicos ou reduzi-los a um nível que não constitua risco”, conclui o especialista.

 

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