Setor de serviços a propriedade comemora 20 anos na UNI e se consolida como um dos mais fortes no sindicalismo mundial

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O avanço contínuo da extrema direita foi um das principais preocupações dentro da Conferência Mundial do Setor de Serviços a Propriedade da UNI Global Union. Comemorando 20 anos de forte atuação, o setor realizou uma conferência de grande representatividade entre os dias 9 e 10 de outubro na cidade de Chicago, Illinois/EUA.

 

Mary Kay, presidente do SEIU fez a abertura da conferência e durante seu discurso a dirigente apresentou sua grande preocupação com o aumento da informalidade nos setores de trabalho, não só nos Estados Unidos como em todo mundo. Não há mais trabalhos seguros, eles estão acabando. Esse quadro pode se agravar ainda mais, percebemos que cerca de 45% dos trabalhadores americanos não têm direito a negociações coletivas nem a sindicatos, concluiu a dirigente.

 

Considerado como um dos mais organizados dentro da Uni Global Union, o setor de Serviços Propriedade está completando 20 anos de luta. Ele engloba os trabalhadores da limpeza, portaria, zeladoria, edifícios, limpeza urbana e vigilância. 

 

Todos os discursos apresentados pelas lideranças durante a conferência destacaram como a cultura do ódio tem polarizado a sociedade e como  isso vem repercutindo nas políticas de imigração e no movimento sindical mundial.

 

A Conferência contou com a presença de dirigentes de mais de 20 países de todos os continentes. A delegação Brasileira estava representada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes (CONASCON). As entidades que compunham a delegação eram Siemaco São Paulo, Siemaco Curitiba, Feaconspar,  Siemaco Ponta Grossa, Siemaco foz do Iguaçu e Siemaco Cascavel. Sob o comando da delegação estava o Diretor Financeiro da Conascon, o Sr. Manasses Oliveira.

 

Considerada uma das principais forças dentro da Uni, o Asseio e Conservação do Brasil, representado por Manasses Oliveira,  expôs o conjunto de ganhos e avanços que os trabalhadores brasileiros conquistaram nos últimos anos, situação que só foi possível pela luta dos  sindicatos organizados e com intenso trabalho de base. Em contraponto, o dirigente falou da política de extermínio de sindicatos e direitos trabalhistas implantada pelo presidente Jair Bolsonaro. “Temos que matar um leão por dia” afirmou Manasses.

 

Ao final da Conferência Tom Balanoff foi homenageado. Com sua generosidade e diplomacia  liderou campanhas vitoriosas para os trabalhadores americanos e incentivou dezenas de outras campanhas mundo afora. 

 

Após anos de dedicação aos trabalhadores em serviços a propriedade Balanoff se aposenta do cargo de presidente do comitê mundial  e em seu lugar é eleita por unanimidade a  grande líder sindical de sangue latino, Rocio Saez. Além de nova presidente do setor de limpeza dentro da UniGlobal Union, Saenz é vice-presidente do Service Employees International Union (SEIU).

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