Na programação do Seminário sindicalismo e sociedade realizado pela Feaconspar em Foz do Iguaçu foram realizadas palestras com foco na estruturação e fortalecimento dos trabalhos interno e externo dos sindicatos para ampliação da representatividade.
Questões administrativas e de organização da base foram apresentadas pelo presidente da Conascon Moacyr Pereira. Ele trouxe a experiência do Siemaco-SP que implantou o “projeto semáforo” para sistematização e otimização do trabalho de base através de classificação de setores estratégicos de atuação e o programa de formação de lideranças que ajudam os sindicatos a criarem multiplicadores dentro do local de trabalho.
A junção desses dois projetos foi determinante para alcançar um aumento de 92% no número de filiados do Siemaco-SP no período de 2015 a 2019. A entidade passou de 28.000 para 54.000 trabalhadores filiados após a implantação do projeto. Um dos principais objetivos do é fidelizar o trabalhador que sofre com o alto índice de rotatividade, afirmou Moacyr.
O Sindicato dos trabalhadores em Empresas de Prestação de serviços de asseio e conservação de Florianópolis (Sindlimp-Florianopolis) alcançou 35% de aumento nas filiações em 4 meses de implantação do projeto. Batizado como “Andorinha”, pois uma andorinha só não faz verão, o projeto seguirá para Criciúma, afirmou Neucir Paskoski, que é presidente do Sindlimp e da Fevasc – Federação dos Trabalhadores em Empresas de Vigilância, Asseio e Conservação e Transporte de Valores de Santa Catarina. A intenção é levar o projeto, em conjunto com a Cosnascon, para todas as entidades filiadas no estado.
Diante das transformações impostas ao movimento sindical pela atual conjuntura, o dirigente precisa apostar na solidariedade e no apoio mútuo entre as entidades. Só assim será possível minimizar os impactos negativos de um governo que insiste em desregulamentar, através de ataques diretos ao movimento sindical, o que lutamos por décadas para conquistar para os trabalhadores. Afirmou Neucir.
Quebra de paradigma
Henrique Fermiano, Secretário de Organização Sindical da Conascon e presidente da Federação dos Empregados em Asseio e Conservação do Rio Grande do Sul (FEEAC) acredita que esses resultados apresentados pelas cidades de São Paulo e Florianópolis são uma quebra de paradigma da relação sindicato x trabalhador.
O sindicato vai ter que estar muito mais próximo do Trabalhador. Tem que filiar, afirmou Henrique. O número de filiados de uma entidade vai determinar que tipo de estratégia será utilizada em qualquer ação do sindicato. Será necessário ter clareza para planejar, foco para trabalhar e muita força para se dedicar, finalizou.
Deixe um comentário