Quando o lixo vira questão de saúde pública

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Setenta toneladas de entulho são retiradas da casa de acumuladora em Arniqueira. Vigilância Ambiental, SLU e outros órgãos participam da ação

 

 

Foram necessários um trator e 20 caminhões para retirar o material. A moradora acumulava objetos desde 1991. No fim de semana, a pilha de entulhos desmoronou. Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde

A Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde participou, na segunda-feira (28), de ação na casa de uma acumuladora no Areal, área pertencente a Arniqueira. Ao todo, 70 toneladas de entulho foram retiradas da residência, sendo necessários um trator e 20 caminhões de vários órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), como a Defesa Civil e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU).

 

De acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental responsável por Arniqueira, Herica Marques, a moradora acumulava objetos em sua casa desde 1991. Contudo, durante o fim de semana, a pilha de entulhos desmoronou, com a Vigilância Ambiental e o DF Legal sendo acionados pela Administração Regional de Arniqueira.

 

“Antes da ação, fizemos duas visitas na residência. Na última, tentamos orientar a moradora a fazer a limpeza no local, já que ela nem conseguia mais entrar na própria casa devido aos entulhos. Ela dormia no lado de fora. Quando a pilha desmoronou, felizmente ninguém se machucou”, informou Herica Marques.

 

Segundo a gestora, todos os animais que estavam nos entulhos, como ratos e baratas, espalharam-se pela rua. Como ainda não era possível entrar na residência devido à quantidade de lixo, as equipes da Vigilância Ambiental não conseguiram verificar durante o dia se havia focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

 

Criadouro

 

A estimativa da Vigilância Ambiental é que na casa de um acumulador é possível encontrar até cinco mil materiais inservíveis (depósitos), que podem ser usados como um possível criadouro em potencial do Aedes aegypti.

Depois do ocorrido, a moradora autorizou as equipes a fazerem a sanitização na própria residência. Como os profissionais que fizeram a ação acreditam que a acumuladora necessite de acompanhamento na rede pública de saúde mental, ela foi orientada a procurar um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da região.

*Com informações da Secretaria de Saúde

 

AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON

Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde

29/9/20  18:12ATUALIZADO EM 29/9/20 ÀS 18:12

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