Falta de limpeza e desorganização: feiras são um desafio para trabalhadores e clientes

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Feirantes dividem espaço com pedestres, motoristas e até urubus. constatou na Terra Firme e Conjunto Providência problemas como falta de estrutura para feirantes e de espaço para os clientes.

Quem costuma fazer compras em feira

 s livres da capital paraense deve perceber que a maioria apresenta estruturas físicas precárias. Essas más condições acabam gerando diversas reclamações de trabalhadores e consumidores. Entre as principais estão a falta de limpeza e organização adequada para receber a clientela. Na manhã de ontem (29), o DIÁRIO visitou duas feiras em Belém e constatou a real situação dos locais.

 

Na feira livre da Terra Firme, uma das mais movimentadas da cidade, a desorganização se estende por parte da Avenida Celso Malcher, onde a feira funciona. Por ali, barracas tomam conta das calçadas, enquanto invadem a pista principal, dificultando a passagem de pedestres, que desviam o caminho e se arriscam em meio ao trânsito intenso de veículos, que também é completamente desordenado.

 

A feirante Maria José, 45, conta que as dificuldades diárias enfrentadas pelos trabalhadores do local são inúmeras, principalmente no período chuvoso. “No horário de 11h, por aqui é possível ver mais urubus do que no Ver-o-Peso, porque os contêineres não são suficientes e o lixo fica espalhado. Quando chove vai tudo para o fundo”, afirmou.

 

“Toda vez que preciso vir comprar alguma coisa é uma dificuldade. A gente precisa ficar atravessando no meio dos carros, as calçadas estão todas ocupadas e não temos alternativa a não ser redobrar a atenção e fazer tudo rápido”, reclama a costureira Tânia Cristina, 48.

 

PROVIDÊNCIA

 

O problema da falta de espaço para pedestres também pode ser visto na única feira do Conjunto Providência, no bairro de Val-de-Cans. Com a movimentação grande, moradores que frequentam as barraquinhas e estabelecimentos instalados na Avenida Sul precisam disputar espaço com carros, motos e bicicletas.

 

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O problema se agrava aos finais de semana quando o público de compradores é maior, diz Cleide Ferreira, 52. Feirante há 35 anos, a trabalhadora diz que para evitar os transtornos a saída seria bloquear a avenida em horários estratégicos. “O certo era a prefeitura vir, principalmente aos sábados, e fechar a rua para a passagem de carros. Fica muito arriscado com todos os carros e as pessoas andando no meio da rua. Já fizemos o pedido várias vezes, mas até agora não foi atendido”, conta.

 

NOTA

A Prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), informou que realiza, diariamente, duas coletas/limpezas nas feiras da Terra Firme e da Providência. A primeira durante a manhã e a segunda pela parte da tarde, retirando todos os resíduos de feira deixados no local.

 

A Sesan ressaltou ainda que todas as feiras de Belém recebem o serviço de coleta, varrição, lavagem e higienização. Sobre a organização das barracas nas duas feiras, a Secretaria Municipal de Economia (Secon) disse que já articula com os feirantes formas de melhorias nos equipamentos e no ordenamento das áreas.

 quarta-feira, 30/09/2020, 07:47 – Atualizado em 30/09/2020, 07:46 –  Autor: Wesley Costa/Diário do Pará

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