Guarda-vidas protestam por EPIs e melhores condições de trabalho em Florianópolis

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Entre as reivindicações estão a necessidade do vínculo trabalhista e aumento do efetivo; assessoria do Corpo de Bombeiros afirma que EPIs contra Covid-19 dependem de licitação

 

Os guarda-vidas de Florianópolis organizam um protesto na tarde desta segunda-feira (30) por melhores condições de trabalho. Entre as reivindicações estão a garantia dos EPIs (equipamentos de proteção individual) contra a Covid-19 e a regulamentação da atividade.

 

A manifestação está marcada às 13h, na praça Tancredo Neves, em frente à Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina).

 

De acordo com a Apsasc (Associação dos Profissionais de Salvamento Aquático de Santa Catarina), “os guarda-vidas estão na praia com falta de recursos e sem protocolos de combate à Covid-19”.

Atualmente, os guarda-vidas são submetidos à assinatura de um Termo de Adesão de prestação de serviços voluntários. Eles recebem R$ 150 por dia como ajuda de custos.

Em nota, o CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) afirma que “vem buscando, junto ao governo do Estado, majorar este valor e esta ação já está em tramitação”.

 

Dessa forma, a reclamação dos guarda-vidas é de que no contrato são muitos deveres e poucos direitos. A criação de vínculo trabalhista também está na pauta do protesto desta segunda.

 

Além disso, a associação alega que não há nenhum protocolo para a Covid-19, nem EPIs para todos os guarda-vidas. “Se algum guarda-vidas  pega Covid-19, não há nenhum seguro, não existe protocolo”, salienta a Apsasc.

 

No entanto, o Corpo de Bombeiros diz, ainda em nota, que “também foram disponibilizados equipamentos de proteção individual, ou seja, máscara e álcool em gel, para que os protocolos de higiene sejam seguidos, evitando a propagação da Covid-19”.

 

Guarda-vidas foi socorrido por exaustão

Outro ponto na manifestação são as melhores condições de trabalho e aumento do efetivo. Na praia dos Açores, um guarda-vidas foi socorrido pela equipe do Arcanjo após uma crise de exaustão.

 

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“Um dos nossos guarda-vidas teve congestão alimentar porque não tínhamos o efetivo suficiente para ter o intervalo de almoço e fazer o resgate. São casos recorrentes na Ilha, neste ano, que não podem mais acontecer”, afirma a Apsasc.

 

 

O CBMSC destaca que a pré-temporada da Operação Veraneio inicia em outubro e os postos de guarda-vidas são ativados gradativamente, de acordo com estudos de cada praia.

 

“Porém, isto não quer dizer uma redução de efetivo. Assim como em outros anos, a Operação Veraneio é dividida por etapas, para que as épocas mais movimentadas tenham maior suporte, com isto, em dezembro, quando é considerada a alta temporada da operação, todos os postos estarão ativados”, salienta em nota.

 

O Corpo de Bombeiros também afirma que novos concursos foram realizados no Estado, o que permitiu que mais guarda-vidas estejam aptos a trabalhar. Além disso, os guarda-vidas de 2019 tiveram a validade de certificação aumentada para dois anos.

 

“Está previsto para que em toda a temporada mais de 1.500 guarda-vidas sejam escalados, bem como o remanejamento de bombeiros militares para reforço.”

 

O CBMSC menciona os investimentos realizados em 2020 para realizar a Operação Veraneio em 38 cidades, 181 praias, estâncias hidrominerais, lagos, represas ou rios.

 

“A corporação investiu mais de R$ 1,8 milhão na compra de equipamentos e infraestrutura. Com isso, são 246 postos fixos de guarda-vidas, além de 196 cadeirões, que são instalados conforme a necessidade de cada local”, diz a nota.

 

REDAÇÃO ND, FLORIANÓPOLIS

30/11/2020 ÀS 12H20 – Atualizado Há 5 horas

osto Guarda-Vidas Civil na praia da Galheta, em Florianópolis. – Foto: Arquivo pessoal/Divulgação ND

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