Pelo 2º dia seguido, garis fecham entrada da Zeladoria de Rio Branco em protesto contra salários atrasados

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Grupo diz que está há quase três meses sem receber e que por isso resolveu paralisar atividades. Eles estão em frente à Secretaria Municipal de Zeladoria e impediram que maquinários saíssem da garagem. Secretário diz que serviço de limpeza da capital está sendo feito por parte dos trabalhadores que não parou de trabalhar.

 

Pelo segundo dia segundo, um grupo de garis paralisou as atividades em Rio Branco em protesto por conta do atraso no pagamento dos salários. Eles voltaram para a entrada da Secretaria Municipal de Zeladoria de Rio Branco, nesta sexta-feira (5), para impedir que os maquinários saiam do local.

 

Conforme a categoria, cerca de 148 garis que trabalham na capital estão sem receber já há quase três meses e pedem respostas quanto aos pagamentos.

 

Ao G1, o secretário de Zeladoria, Joabe Lira, informou que o repasse à empresa deve ser feito ainda nesta sexta (5) depois que a terceirizada entregar a documentação. No entanto, segundo ele, pelo contrato, as empresas que ganham licitação devem garantir os pagamentos dos funcionários por um período mesmo que não recebam repasses da secretaria. Por isso, segundo ele, a secretaria deve entrar com medidas judiciais contra a empresa.

 

Lira voltou a falar que o problema ocorreu com uma das empresas terceirizadas em que o dono morreu e, por isso, a prefeitura ficou sem ter como repassar o valor. Mas, como já foi nomeado um inventariante, o pagamento deve ser feito.

 

“Esse trâmite legal demora, e também é feita a medição do trabalho realizado. Foi feita essa medição hoje e concluída, a gente vai passar para a empresa o documento informando o valor e vamos fazer o pagamento hoje. Como foi uma parte que parou, a limpeza continua sendo feita na cidade. Mas, o trabalho foi prejudicado e vamos entrar com medidas judiciais contra as empresas”, afirmou o secretário.

 

 

O gari Gelson Vieira da Silva disse que foi dado um prazo até o próximo dia 15 para o pagamento dos trabalhadores, mas ele afirmou que o grupo não deve ceder e só vai parar o protesto quando receber os salários.

 

“A situação é que a prefeitura joga para nossa firma e nossa empresa não tem nada a ver. A sociedade e a cidade precisam da nossa zeladoria e só vamos voltar ao zelo da cidade quando pagarem a gente certinho como era antes. Pediram até o dia 15, e essa conversa a gente escuta desde o mês passado, quando fechamos aqui o portão e esse mês empurraram de novo. Vamos esperar isso até quando? Estamos aí e ninguém vai ceder, não, o portão está fechado e não vai sair nenhum maquinário daqui enquanto não pagarem a gente. Estamos a mercê da sorte”, reclamou o trabalhador.

 

No último dia 11 de fevereiro, um grupo de garis já havia protestado em frente à secretaria por conta de salários atrasados.

 

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

 

05/03/2021 12h52  Atualizado há 2 dias

 

— Foto: Aline Vieira/Rede Amazônica

 

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