A vida útil e a capacidade do aterro sanitário metropolitano estão na pauta de prioridades da atual gestão da Prefeitura de João Pessoa. Na manhã desta terça-feira (09), representantes da Secretaria de Planejamento (Seplan) e da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) realizaram uma visita técnica ao local, que fica localizado no bairro de Mussuré.
O secretário de Planejamento do município, José William, e o diretor de Operações da Emlur, José Dantas, estão acompanhando a elaboração de estudos geotécnicos que vão determinar, com precisão, a vida útil e capacidade do aterro, que recebe cerca de duas mil e quatrocentas toneladas/dia de resíduos sólidos de João Pessoa e outros nove municípios – Cabedelo, Conde, Santa Rita, Bayeux, Pedras de Fogo, Mamanguape, Marcação, Caaporã e Baia da Traição.
Esse estudo também irá orientar a elaboração de projetos para expandir sua durabilidade. “Quando extinguiu o lixão do Roger, em 5 de agosto de 2003, o prefeito Cícero Lucena agiu como o gestor de visão do futuro ao instalar, na mesma data, o aterro sanitário. Já se passaram 17 anos e é necessário agir agora com esse olhar à frente, planejando hoje o que será feito para o futuro, antes que aterro possa exaurir sua capacidade”, explicou o secretário José William.
Instalado numa área de 100 hectares, 30 deles reservados para 24 células de destinação final do lixo domiciliar, o aterro originalmente projetado para durar 25 anos atingiu praticamente metade de sua capacidade, visto que 10 células alcançaram seu limite para disposição final dos resíduos.
Ao longo do tempo, outras cinco células foram abertas, somando 29 no total. Os novos estudos, em andamento, é que vão determinar se as 10 células já ‘fechadas’ podem ter sua capacidade aumentada e também quais outras soluções técnicas possíveis que dispõe de laboratórios e estação de tratamento de chorume – o resíduo líquido produzido pela decomposição do lixo.
José William afirmou que a Seplan e a Emlur estão analisando, em conjunto, áreas da cidade onde vão ser instalados novos pontos de coleta seletiva como forma de contribuir, também, com a expansão da vida útil do aterro.
“Os estudos mais recentes indicam que o aumento da produção de resíduos é em média quatro vezes maior que o crescimento populacional. Para 2% de aumento da população, temos 9% a mais de lixo produzido”, observou o engenheiro José Dantas ao enfatizar a importância da parceira e integração Seplan/Emlur nos cuidados e no planejamento das ações relacionadas ao tratamento e destinação dos resíduos sólidos.
Texto: Carlos César Muniz
Edição: Cristina Cavalcante
Fotografia: Dayse Eusébio
09/03/2021 | 17:08 | 76
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