Vale é condenada a pagar R$ 100 mil a gari que presenciou lama de rejeitos em Brumadinho

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O trabalhador precisou buscar abrigo em um local mais alto e distante. Ele afirmou que foi diagnosticado com estresse pós-traumático após presenciar o desastre.

 

A Justiça condenou a Vale a indenizar em R$ 100 mil um gari que presenciou a passagem da lama de rejeitos gerada pelo rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em janeiro de 2019. Cabe recurso.

 

O gari ajuizou ação contra a empresa solicitando indenização por danos morais. No dia da tragédia, ele estava trabalhando próximo à Pousada Nova Estância, quando viu o “mar” de rejeitos de minério.

 

O trabalhador precisou buscar abrigo em um local mais alto e distante, onde permaneceu até conseguir retornar ao município por meio de caminhos alternativos. Ele afirmou que foi diagnosticado com estresse pós-traumático após testemunhar o desastre.

 

A Vale alegou à Justiça que está adotando todas as medidas possíveis para minimizar os danos causados pela tragédia e que o trabalhador não apresentou provas de que estava presente no local após o rompimento da barragem.

 

A juíza da 2ª Vara Cível Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Brumadinho, Renata Nascimento Borges, avaliou que as medidas executadas pela empresa para minimizar os danos não podem ser um fator de exclusão de responsabilidade.

 

 

Ela decidiu fixar a indenização em R$ 100 mil por considerar que a quantia não é irrisória nem causa enriquecimento ilícito.

 

Procurada, a Vale disse o seguinte: “A Vale respeita a decisão do judiciário e, no momento, avalia os critérios utilizados na sentença. A empresa permanece comprometida em indenizar de forma rápida e definitiva todos os impactados pelo rompimento da barragem. Até o momento, aproximadamente R$ 2 bilhões foram pagos em indenizações individuais, abrangendo 10,6 mil pessoas”.

 

Por Rafaela Mansur, G1 Minas — Belo Horizonte

 

02/08/2021 10h00  Atualizado há 42 minutos

 

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