Atividade de pescadora ajuda a compor tempo de serviço de aposentada filiada ao SIEMACO-SP

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Luciene Vicente de Sousa, 54 anos, filha de Jaime Vicente de Souza, pescador na cidade de Orós, no Ceará, ajudava o pai nesse ofício desde criança. “Então, desde que me entendo por gente toda a família acompanha os pais, na beira do açude, limpando peixe, pescando, na canoa, puxando e costurando as redes. Tudo o que o pai fazia a gente fazia também. Eu e meus irmão”, lembra Luciene, cujo trabalho precedente se enquadra no “sistema de economia familiar”.  

 

Associada ao SIEMACO São Paulo desde 1995, ela conta que sempre teve vontade de vir a SP. “Era meu sonho. Uma tia me chamou. Pedi autorização ao meu pai e ele disse: ‘só quando você ficar de maior’. Quando fiz 18 anos pedi novamente e ele respondeu: ‘Não, só depois de casar’ (RS). Aí, já adulta, em 1995, depois de casar e ter meus dois filhos, no fim do ano, consegui vir”. Em SP ela trabalhou em casa de família, num shopping, como limpadora, até entrar na Socicam (empresa que administra o Terminal Rodoviário do Tietê), onde está há 22 anos. “Lá comecei como auxiliar de limpeza, operadora de máquina e hoje sou fiscal de terminal”, disse.

 

 Sobre o reconhecimento à aposentadoria, Luciene abre um sorriso e tece todos os elogios. “Nossa, é maravilhoso. A gente estava batalhando para levantar os documentos, com todos aqui (do Previdenciário) ajudando. Foi muito bom. Se não contasse esse tempo de serviço na pescaria teria de trabalhar mais 6 anos. Eu sou associada ao sindicato desde 1995. Aqui é muito bom, no SIEMACO-SP eu estudei, me formei no 1º grau (ensino fundamental) e 2º grau (ensino médio), fiz prova do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Por isso fui até promovida no serviço”, lembra, não contendo a alegria.   

 

A respeito dos serviços prestados pelo sindicato aos associados, ela também não economiza adjetivos. “Aqui tem médico, colônia de férias, você estuda (na Central de Cursos) … E os advogados, em especial o doutor Márcio, a Aline e toda a equipe, eles são muito gentis, correm atrás mesmo, são nota 10. Agradeço, muito, agradeço demais, eles são pessoas maravilhosas e o atendimento é ótimo mesmo”, disse.

 

O responsável pelo departamento Previdenciário do SIEMACO-SP, Márcio Matos, também não escondia a satisfação em dar a notícia de que saiu a aposentadoria de dona Luciene.

 

“No caso dela, o tempo de contribuição tinha dado 24 anos e 5 meses; por isso ela precisaria completar o restante. Conversando com ela soube que tinha sido pescadora, com o pai, num açude em Orós, no Ceará, antes de vir para SP. Fomos atrás dos documentos na colônia de pescadores, levantamos o batismo dos filhos dela, o casamento, o que comprovava que houve uma vida na região. Daí juntamos toda a documentação e o INSS reconheceu esse período, completando os 30 anos que ela precisava para ter direito à aposentadoria. Este é o primeiro caso com atividade de pescadora que atendo aqui no sindicato”, disse Márcio.

 

“Sugiro às outras pessoas correrem atrás (dos seus direitos), se informando no sindicato, pois não é só o trabalho na roça (atividade rural) que é reconhecido para aposentadoria, o de pesca também”, finalizou Luciene.

 

O diretor do SIEMACO-SP, Nilson Ferreira (Kbeça), e o coordenador André Silva, da equipe de Transportes, também participaram da entrega da carta de aposentada à Luciene, na tarde desta terça-feira (15), na sede do sindicato.

 

 

 

* Pelos jornalistas Alexandre de Paulo (MTB 53.112/SP) e Fábio Busian (MTB 81.800/SP); Fotos: Alexandre de Paulo

 

 

15/02/2022

Categorizado em: Ações Sindicais, Geral, Previdenciário

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