Recorde de público feminino, Encontro Nacional da CONASCON tem 40% de mulheres entre delegações participantes

O Encontro Nacional da CONASCON, realizado nos dias 20 e 21 de julho, em Florianópolis (SC), mostrou a força do grupo de Limpeza Urbana, Asseio e Conservação e Áreas Verdes em todo território nacional. Foram 230 participantes, no maior evento do setor no Brasil. Mas um ponto ficou claro no evento, o respeito à igualdade de gêneros, que não estava presente só nas palestras, mas nos números: 40% do público era formado por mulheres.

“Um recorde de público feminino, ainda mais se analisarmos o contexto do sindicalismo, que é formado majoritariamente por homens. Estamos ocupando não só espaços, mas cargos de liderança. Várias mulheres presentes na direção ou na Presidência de sindicatos, com voz ativa, sendo respeitadas e mostrando seu valor”, disse Maria Donizeti Alves, diretora de Formação e Qualificação da CONASCON e presidente do SIEMACO Ponta Grossa (Paraná).

Um dos pontos marcantes no encontro veio do público feminino, a palestra da Procuradora Chefe do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR), Margaret Matos de Carvalho, que falou sobre a ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a primeira definição internacional contra a violência e assédio no mundo do trabalho, incluindo violência de gênero.

Para Ana Cristina Duarte, diretora de Assuntos da Mulher e da Diversidade Humana da CONASCON e secretária da Diversidade Humana da União Geral dos Trabalhadores (UGT), as falas da procuradora reforçaram o compromisso da confederação com as mulheres e com toda a sociedade. “Pelo número de mulheres participando do nosso evento, que é um recorde, e pelos temas abordados dentro do evento, ficou claro nosso posicionamento de comprometimento com a igualdade de gênero. Somente 10 países ratificaram a Convenção 190 da OIT, por exemplo. Vamos pressionar os parlamentares para que o Brasil assine essa convenção e a gente dê um basta na violência no local de trabalho. Ainda mais as categorias que defendemos, que tem alto índice de assédio contra as mulheres”, completou.

Segundo as diretoras Maria Donizeti e Ana Cristina, a ideia é conseguir chegar a uma paridade entre homens e mulheres no próximo Encontro Nacional da confederação, fortalecendo ainda mais esse compromisso com a igualdade e a luta pelos direitos das trabalhadoras.