Sem Direitos Não é Legal: SIEMACO-SP participa de ato pelos direitos dos trabalhadores do McDonald’s na Av. Ibirapuera

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Na manhã desta quinta-feira (23), integrantes da campanha global Sem Direitos Não É Legal fizeram um ato em São Paulo (SP) onde entregaram cartilhas de conscientização a Rogério Barreira, presidente de operações da divisão Brasil da Arco Dorados, empresa responsável pela operação da maioria das lojas do McDonald ‘s no país. O ato faz parte de uma campanha global da SEIU, sindicato norte americano parceiro do SIEMACO São Paulo em várias ações pelos direitos trabalhistas.

 

A equipe do diretor do SIEMACO-SP, Fábio Cruz, esteve presente para apoiar os trabalhadores e trabalhadoras da rede de fast food. “Viemos aqui abordar os executivos do McDonald ‘s e apoiar nossos companheiros. A luta pelos direitos trabalhistas é global, não importa o setor ou categoria. As empresas têm a mesma dinâmica: explorar mão de obra. E precisamos nos unir para resistir”, disse. 

 

O encontro entre sindicalistas e executivos ocorreu em uma unidade do McDonald’s da Avenida Ibirapuera, zona oeste da capital paulista. Barreira estava acompanhado de vários executivos da rede de fast-food, entre eles Woods Staton, presidente executivo do conselho da Arcos Dourados Holdings, operadora da marca McDonald ‘s em 20 países da América Latina e do Caribe.

 

Barreira e Staton foram abordados na saída da unidade pelos representantes da campanha Sem Direitos Não é Legal e da UGT (União Geral dos Trabalhadores), que relataram a ocorrência de assédio moral, sexual, racismo e LGBTQIA+fobia nas unidades do rede em todo o Brasil. Barreira defendeu os canais internos de proteção aos trabalhadores, mas afirmou estar disponível ao diálogo, e inclusive ofereceu seu número de telefone ao movimento.

 

“Nós estamos superabertos para conversar. Eu faço questão de conversar, porque alguma coisa no meio do caminho não está ok. Se tem alguma coisa que não está legal, vamos conversar, sim”, afirmou Barreira, principal executivo da empresa no Brasil.

 

Há anos, a campanha Sem Direitos Não é Legal denuncia casos de exploração aos trabalhadores nas dependências do McDonald’s no Brasil. No ano passado, foi realizada uma audiência pública no Senado Federal, onde trabalhadores de vários estados puderam compartilhar suas histórias com os parlamentares e representantes de entidades de outros países. Na ocasião, o senador Paulo Paim cobrou mais transparência e agilidade da empresa no combate aos casos de assédio sexual, assédio moral e racismo nas unidades. “A entrega das cartilhas ao senhor Barreira foi muito importante. Agora esperamos que ele cumpra o que prometeu e receba os representantes da campanha e dos sindicatos para avançarmos sobre o tema”, afirma Rafael Guerra, um dos colaboradores da campanha Sem Direitos Não é Legal no Brasil.

 

As cartilhas entregues a Barreira e a Staton contêm orientações para que os funcionários do setor de fast-food, sobretudo os trabalhadores do McDonald’s, possam se proteger de práticas abusivas e reivindicar seus direitos, diante da crescente onda de acusações contra a empresa, que despertaram também o interesse da Justiça do Trabalho nos últimos anos. Em 2022, o Ministério Público do Trabalho (MPT) determinou a abertura de inquérito civil para apurar as denúncias contra o McDonald ‘s no Brasil.

 

A decisão foi tomada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, que em despacho apontou a requisição de documentos e informações, depoimentos, certidões, perícias e demais diligências para análise e posterior apresentação de uma ação civil pública para apurar as responsabilidades da empresa. A denúncia contra a empresa foi apresentada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT). 

 

* Pelos jornalistas Alexandre de Paulo (MTB 53.112/SP) e Fábio Busian (MTB 81.800/SP)

 

**Com informações da Assessoria de Imprensa da campanha Sem Direitos Não é Legal

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