A 6ª Conferência Regional da UNI Americas, realizada de 5 a 7 de dezembro em La Falda, Argentina, reuniu quase 600 líderes e membros sindicais de 17 países para discutir temas críticos enfrentados pelos trabalhadores nas Américas. O evento abordou questões como a defesa dos direitos democráticos, o avanço da negociação coletiva, a promoção da igualdade e o combate às mudanças climáticas, destacando a importância da solidariedade e da ação conjunta.
A Conascon e entidades filiadas marcaram presença no evento, reafirmando seu compromisso com o movimento sindical internacional. Estavam compondo a delegação brasileira as seguintes entidades: SIEMACO-SP, SIEMACO CURITIBA, SIEMACO PONTA GROSSA, FEACONSPAR, FETHEMG, SIEMACO RIBEIRÃO PRETO, SIEMACO RORAIMA, SIEMACO RIO DE JANEIRO, SIEMACO ABC, entre outras.
Marcio Monzane, Secretário Regional da UNI Americas, abriu a conferência com um claro chamado à ação: “A UNI Américas deve ser a organização que propõe soluções. Queremos crescer em organização, ser uma força ativa na sociedade e transformar nossas sociedades. Temos uma luta constante contra as privatizações e contra a violência e o assédio no local de trabalho, por isso apoiamos a ratificação da Convenção 190 da OIT.”
As moções adotadas durante o evento refletem o compromisso com um futuro mais equitativo. O plano estratégico Breaking Barriers: Strategic Plan 2025–2028 prioriza o fortalecimento da presença sindical em setores de baixa densidade, como tecnologia e serviços de assistência, e promove o uso de ferramentas digitais para organização e treinamento. Outras moções abordaram a defesa da democracia, a igualdade de gênero e a integração justa de novas tecnologias, como automação e inteligência artificial.
Painéis destacaram campanhas bem-sucedidas de sindicalização e negociação coletiva, como a organização de mais de 635 trabalhadores da Amazon no Brasil, liderada por Heron Alves, e a criação do primeiro sindicato de trabalhadores de cassinos no Peru, conduzida por Henry Mena.
Durante sua participação Moacyr Pereira falou da importância do sindicato cuidar da saúde do trabalhador. “Hoje as doenças da modernidade e os altos níveis de pressão faz com que a saúde mental do trabalhador mereça ainda mais atenção e cuidado. O desafio já foi mais físico. Hoje ele é físico e mental”, afirmou.
Líderes políticos também participaram do evento, reforçando a importância do movimento sindical. Andrés Giordano, deputado chileno, destacou o papel essencial dos trabalhadores organizados em combater a desigualdade, enquanto o senador colombiano Wilson Arias enfatizou a necessidade de reformas econômicas para alcançar justiça social.
A Secretária Geral da UNI Global Union, Christy Hoffman, capturou o espírito da conferência ao afirmar: “Esperança e ação representaram a essência deste encontro. Aqui na Argentina, os sindicatos demonstraram sua força coletiva contra as ameaças à democracia. Resistir significa agir com propósito e lembrar que nossos direitos são conquistas obtidas com esforço e luta.”
A conferência foi encerrada com a reeleição de Marcio Monzane como Secretário Geral da UNI Américas. Em seu discurso, ele agradeceu aos colegas e reafirmou o compromisso com a resistência organizada, afirmando que sindicatos mais fortes são essenciais para a democracia e um futuro sustentável.
Com união e determinação renovadas, os participantes deixaram La Falda com uma mensagem clara: construir sindicatos mais fortes é um passo fundamental para fortalecer a democracia e criar um mundo mais justo para todos.
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