O Dia do Trabalhador é mais que uma data no calendário. É símbolo de resistência, conquistas e da luta contínua por dignidade. Nesse cenário, os sindicatos sempre ocuparam um papel central. Foram eles que, historicamente, ergueram a voz contra a ditadura, barraram tentativas de golpe e continuam sendo guardiões da democracia. Mas o papel da representatividade sindical vai além da política: ela estrutura a base do desenvolvimento social do país. Porque onde há um sindicato forte, há direitos assegurados, serviços essenciais valorizados e trabalhadores respeitados.
A CONASCON é parte vital dessa construção. Desde que assumiu a missão de representar trabalhadores da limpeza urbana, asseio, conservação e áreas verdes em todo o Brasil, a confederação tem atuado para dar visibilidade a quem historicamente foi ignorado. Uma das maiores conquistas recentes é a criação da NR-38, norma regulamentadora que define critérios de segurança, saúde e condições adequadas de trabalho para o setor de limpeza urbana. Essa conquista, fruto de anos de articulação sindical, só foi possível porque houve unidade, mobilização e firmeza na defesa de quem está todos os dias nas ruas, nos parques, nos serviços invisíveis que mantêm as cidades funcionando.
Mas ainda há muito por fazer. Duas pautas precisam ganhar centralidade no debate público: a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1. Não é aceitável que, em pleno século XXI, trabalhadores ainda sejam submetidos a uma lógica que os obriga a viver para o trabalho, sem tempo para si, para a família, para viver. Estudos já comprovaram os danos físicos e mentais causados por jornadas excessivas. Não se trata apenas de descanso, mas de saúde, dignidade e humanidade. O trabalho precisa fazer parte da vida das pessoas, não ocupar toda a sua existência.
Neste 1º de Maio, é com orgulho e senso de dever que parabenizamos todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, especialmente os representados pela CONASCON. São profissionais essenciais, de base, que carregam o país nas costas. A confederação seguirá ao lado dos seus sindicatos filiados, como sempre esteve, porque essa é a nossa função: representar, defender e transformar. É na luta coletiva que o Brasil avança.