A Confederação Nacional do Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes (CONASCON) está representando os trabalhadores brasileiros do segmento na 113ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho (CIT), promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, na Suíça. O evento, que teve início em 2 de junho e segue até o dia 13, reúne representantes de governos, empregadores e trabalhadores dos 187 Estados-membros da OIT.
O presidente da Conascon, Moacyr Pereira, compõe a delegação brasileira e participa ativamente dos debates promovidos durante a conferência, que neste ano aborda temas essenciais para o futuro do mundo do trabalho. Entre os principais eixos de discussão estão: a proteção contra riscos biológicos no ambiente de trabalho, o trabalho decente na economia de plataformas digitais, a promoção do trabalho formal, além de emendas à Convenção do Trabalho Marítimo e contribuições para a Segunda Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social, prevista para 2025.
Márcia Adão, diretora de Relações Internacionais da Conascon, também está presente no evento, integrando as discussões e reforçando o protagonismo da entidade nos debates globais sobre os direitos dos trabalhadores. Márcia, que também é Secretária Geral do SIEMACO-SP e Membro do Comitê de Mulheres da UniAmérias tem participado ativamente das reuniões temáticas, especialmente nos espaços de construção de políticas voltadas à equidade, inclusão e cooperação internacional.
Durante a agenda oficial em Genebra, Moacyr Pereira participou de reuniões bilaterais com representantes de diversos países, entre eles China e Espanha, acompanhando o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah. As reuniões reforçaram o diálogo internacional sobre desafios comuns enfrentados pelos trabalhadores e estratégias de cooperação para o fortalecimento do movimento sindical global.
O presidente da Conascon também cumpriu agenda como representante da UNI Américas, integrando reuniões que trataram de temas urgentes, como a libertação do dirigente sindical David Huerta, presidente do SEIU – Service Employees International Union, sindicato que representa os trabalhadores em serviços de limpeza na cidade de Los Angeles (EUA). David foi agredido e preso pela polícia da Imigração do governo de Donald Trump no último dia 06/06 e libertado na última quarta-feira graças a grande pressão internacional.
Também ocupou espaço importante na agenda as preocupações com os crescentes ataques ao movimento sindical no Panamá. Durante os debates, Moacyr Pereira sugeriu que todas as entidades filiadas à UNI enviem ofícios às autoridades panamenhas exigindo respeito à autonomia sindical e o fim imediato do bloqueio das contas das organizações sindicais do país. A proposta foi bem recebida e reforçou o compromisso da delegação latino-americana com a solidariedade internacional e a defesa da liberdade sindical.
“Participar da Conferência da OIT é reafirmar o compromisso do sindicalismo com a luta por condições dignas de trabalho, inclusão e justiça social, especialmente diante dos novos desafios impostos pelas mudanças no mundo do trabalho”, afirmou Moacyr Pereira.
Um dos destaques da programação da CIT foi o diálogo tripartite, agendado para esta quarta-feira (11), com o tema Eventos Climáticos Extremos, Mulheres e Diversidade em Negociações Coletivas, que contará com a participação de representantes do governo brasileiro, do Judiciário trabalhista e de entidades sindicais.
Além dos representantes da Conascon, integram a comitiva brasileira o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Aloysio Corrêa da Veiga; o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos; e representantes de diversas centrais sindicais e organizações empresariais.
A conferência também foi palco da 12ª Reunião Anual OIT-Brasil, conduzida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com foco no fortalecimento da cooperação Sul-Sul. Durante o encontro, autoridades brasileiras reforçaram a importância de ações conjuntas voltadas à construção de um ambiente laboral mais justo, sustentável e baseado no diálogo social.
