A quinta-feira está sendo marcada por debate e reflexão para mulheres que estão reunidas no Encontro de Dirigentes Sindicais de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes, que acontece em Florianópolis-SC, para explanar e refletir temas que permeiam o papel da mulher na sociedade e os reflexos da Reforma Trabalhista sobre elas.
Seja em grandes ou pequenas empresas, as mulheres, hoje, ainda recebem salários mais baixos que os homens. A estatística aponta que, a nível mundial, o percentual de diferença chega a 70%. São números assustadores, pois elas têm assumido cargos cada vez maiores e, ainda assim, não recebem o mesmo reconhecimento. Aqui trava-se mais um batalha: a luta pela clareza de informações e dados empresariais quanto as diferenças salariais. Além disso, pesquisas apontam que as mulheres têm sete anos a mais de estudos em relação aos homens, resultado: elas alcançam um número maior de aprovação em concursos públicos e outras provas de qualificação!
Nas empresas privadas essa não é uma realidade, pois elas ainda priorizam a contratação de homens para cargos mais altos. Porém, já há esperança. As empresas de alta tecnologia, a exemplo da Google, estão mudando essa realidade com a contratação do público feminino para funções mais altas. Entende-se que esta seja uma questão cultural que, felizmente, começa a mudar de figura.
Segundo a economista Helen Silvestre Fernandes do Instituto de Altos Estudo da UGT, temos uma luta das mulheres em busca de igualdade no mercado de trabalho e na sociedade. Ela ainda acrescenta que toda esta situação é negativa para a previdência, pois as mulheres acabam não contribuindo o suficiente para a aposentadoria, afinal, com o nascimento dos filhos, ou em casos de doença de familiares, são elas que se afastam do posto de trabalho. É preciso mudar este quadro, mas “a vitimização é o pior caminho de superação dos problemas femininos. Protagonizar é o melhor caminho para se sair do buraco”, afirma Hellen.
Para discutirmos os reflexos da reforma trabalhista sobre as mulheres, precisamos primeiro ter em conta sua real situação no mercado de trabalho, pois no segmento de prestação de serviços elas ocupam posições muito frágeis e esse é cominho para o aumento da precarização.
O encontro foi uma realização da Conascon e recebe o apoio da Fenascon, Sindlimp, UGT e da UNIAméricas.
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