Na última terça, 29/10 a Direção Executiva e Direção Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes (CONASCON) se reuniu na sede do SIEMACO-SP para dar início ao planejamento de ações para 2020.
Além dos diretores efetivos da confederação, participaram da reunião o cro. Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Roberto Santiago, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes (FENASCON). Os presentes discutiram os rumos do sindicalismo brasileiro e os desafios para os próximos anos, além do perfil do atual presidente da República, com relação às entidades sindicais.
Entre as discussões dos sindicalistas presentes estavam, a ideia é de buscar novas formas de sustentação sindical e a necessidade urgente de aproximar as entidades sindicais da população. “Queremos que o governo pare de interferir a todo momento na relação entre sindicato e trabalhador, estamos trabalhando pela conscientização de classe, mostrando que a filiação é importante para manter o sindicato funcionando e fiscalizando as convenções coletivas, dando apoio as bases e até mesmo fazendo um papel social, com assistência médica e odontológica, apoio jurídico, cursos de capacitação. O sindicato é um braço social essencial na vida do brasileiro”, coloca Moacyr Pereira, presidente do SIEMACO-SP e da CONASCON.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, central sindical que a CONASCON e o SIEMACO-SP são filiados, falou do vanguardismo da central ao ser uma entidade proativa e sempre apresentar propostas para um Brasil melhor,não será diferente na Nova Estrutura Sindical que está por vir. O diálogo é sempre o melhor caminho, afirmou o presidente da central. Patah também falou sobre a Reforma Trabalhista e seus efeitos atuais na vida da classe trabalhadora, reforçando que o intuito dos governos atuais é acabar com a representatividade e a defesa dos direitos trabalhistas. “As centrais estão muito próximas e unidas para tirar ou amenizar os efeitos nefastos da Reforma Trabalhista. Agora, Bolsonaro quer aprofundar essas reformas e, pelo que percebemos, seu intuito é de extinguir o sindicalismo e eliminar direitos de vez”, finalizou.
“Precisamos resgatar no seio da sociedade a importância do movimento sindical”, ressaltou Roberto Santiago, presidente da Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo (FEMACO) e vice-presidente do SIEMACO-SP. Para Santiago, buscar outros mecanismos de diálogo e outra abordagem com o governo são essenciais. “Hoje a população se afastou do sindicalismo. Nas décadas passadas tínhamos mais espaço nas mídias e no jornalismo tradicional, agora precisamos ter voz construindo nossa própria comunicação, mostrando de fato ao trabalhador que somos a única defesa dele frente à empresa. E também precisamos de mais organização política, voltar a eleger mais representantes da classe trabalhadora no Congresso, na Assembleia e nas câmaras municipais. Para reconquistarmos nosso espaço, é preciso estratégia”, concluiu.
Sobre os últimos convênios internacionais o Cro. Manasses Oliveira, chefe da delegação na conferência mundial do setor de serviços expôs suas impressões sobre a atual conjuntura do setor em termos de organização sindical e fragilidades nas relações de trabalho. Para Manasses o asseio e conservação brasileiro ainda está na frente, quando o assunto é representatividade.
Os diretores Moacyr Pereira e Henrique Fermiano falaram do fortalecimento das relações entre Brasil e Bélgica. Em nova edição, a visita ao país foi feita durante o Congresso da Confederação de Sindicatos Cristãos (CSC). Ana Cristina Duarte do Asseio de Niteroi e Andreia Ferreira de São Paulo, duas ativistas sindicais de grande capilaridade participaram da visita e puderam mostrar o importante trabalho que desenvolvem em suas bases.
A CONASCON vai prepara um calendário de atividades para suas entidades filiadas já com base nas mudanças que estão por vir. Precisamos estar preparados, afirmou Moacyr Pereira. Entre os presentes, a mensagem era de requalificação das bases e investir na comunicação direta com as categorias representadas. Os sindicalistas terminaram a reunião com novas metas para o próximo ano e focados na reorganização sindical.
Deixe um comentário