Variação não foi expressiva, considerando impacto da covid-19 na capital paulista
Mesmo com a pandemia, a coleta em grandes geradores de lixo na área de saúde, como os hospitais, quase não aumentou nos primeiros sete meses do ano em São Paulo. É o que revela um levantamento da Rádio Bandeirantes com base em dados do Sistema de Controle de Resíduos, da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana).
A alta foi de apenas 3,4% na comparação com o mesmo período de 2019, em locais que produzem, cada um, mais de 20 quilos de material descartável por dia. Em números absolutos, foram coletados pouco mais de 20,3 mil toneladas, contra 19,6 mil toneladas no ano passado.
Uma das razões é que muitos hospitais suspenderam outros serviços que geravam resíduos, explica a gerente de serviços da Amlurb, Tamiris Gonçalves. “Eles também tiveram uma queda, na época, dos atendimentos de consultas eletivas e cirurgias. Por causa disso, teve redução na quantidade de resíduos gerais.”
Em relação à média dos últimos quatro anos, o crescimento é ainda menor, de 3%, apesar da inclusão dos hospitais de campanha da capital. Segundo Tamiris, todos protocolos de segurança foram cumpridos. “Os estabelecimentos tomaram os devidos cuidados, todos os resíduos na pandemia tem que ser considerados como resíduos infectantes. Não recebemos nenhuma denúncia do contrário”, disse.
No total, 25 mil estabelecimentos da área da saúde fazem parte do programa de coleta. Depois da triagem, os resíduos vão para lugares específicos, já que são classificados como perigosos, observa a gerente de serviços da Amlurb.
“Passam por tratamentos, seja por autoclaves, para resíduos infectantes, ou incineração, para medicamentos e animais mortos. Os resíduos seguem para os aterros sanitários. Todos os serviços ocorrem em espaços devidamente licenciados.”
Máscaras, luvas e aventais também não podem ser reciclados por causa do contato de profissionais de saúde que usam esse tipo de material com pessoas doentes. Até domingo (30), a cidade de São chegou a 295.250 casos registrados de covid-19, com 11.373 mortes.
Por Guilherme Oliveira – Rádio Bandeirantes
Segunda, 31 agosto 2020, às 08:58
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