Na última quinta-feira, 10 de outubro, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) promoveu um seminário híbrido que reuniu mais de 300 participantes, incluindo profissionais de comunicação, líderes sindicais e especialistas em tecnologia. O evento teve como tema central a comunicação sindical no contexto das novas tecnologias, com destaque para o uso da inteligência artificial e das mídias sociais. As discussões abordaram de forma profunda os desafios e oportunidades que essas inovações trazem para o movimento sindical.
A importância da adaptação ao mundo digital
Ricardo Patah, presidente da UGT, abriu o seminário enfatizando a necessidade urgente de adaptação dos sindicatos à nova realidade digital. Ele destacou que a comunicação sindical está passando por uma verdadeira revolução e que, para manter sua relevância, os sindicatos devem estar presentes onde os trabalhadores estão: nas redes sociais, nos canais digitais e em outros espaços virtuais. “Os sindicatos precisam usar as novas tecnologias para se aproximar dos trabalhadores e fortalecer a defesa de seus direitos”, afirmou Patah.
Especialistas discutem o uso da tecnologia na comunicação sindical
O seminário contou com a presença de palestrantes renomados, que trouxeram contribuições valiosas sobre o uso de tecnologias na comunicação sindical, tanto do ponto de vista nacional quanto internacional. Rafael Torres, consultor de comunicação do sindicato norte-americano SEIU, destacou a importância de personalizar a mensagem e utilizar as redes sociais como ferramenta eficaz de engajamento dos trabalhadores. Celso Singo Aramaki, especialista em Knowledge Design e Inteligência Artificial, falou sobre como a análise de dados culturais e a inovação no design de informação podem aprimorar a comunicação sindical. “A inteligência artificial nos permite entender melhor o comportamento dos trabalhadores e produzir conteúdos mais relevantes”, explicou Aramaki.
Já Ricardo Martins da Silva, mestre em Gestão do Trabalho e Indústria 4.0, trouxe uma reflexão sobre o impacto da tecnologia e da automação no futuro do trabalho. Para ele, os sindicatos devem liderar o debate sobre a digitalização do ambiente laboral, garantindo a proteção dos trabalhadores diante dessas transformações.
A contribuição do SIEMACO-SP para uma comunicação mais ampla e conectada
Representando o SIEMACO São Paulo, o jornalista Fabiano Polayna ofereceu uma perspectiva crítica sobre o uso da tecnologia no setor sindical. Em sua fala, Fabiano ressaltou que os sindicatos precisam expandir seu alcance e não se limitar à simples divulgação de pautas trabalhistas. “Precisamos sair das bolhas e abordar pautas e conteúdos que ressoem com a vida dos trabalhadores”, afirmou. Ele defendeu o uso criativo das plataformas digitais para fortalecer a conexão com os trabalhadores e destacou que tecnologias como a inteligência artificial são ferramentas valiosas nesse processo.
*Texto pelo jornalista Fabiano Polayna / Fotos; Alexandre de Paulo
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